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Educando Positivamente - Limites Sim, e com a Participação das Crianças - por Gabriela Menezes

Uma das frases mais ditas pelos pais e professores quando as crianças e adolescentes agem de modo que eles consideram inadequados é: "Você não está cumprindo o combinado". O que acontece muitas vezes, é que para impor os limites comportamentais as famílias e professores, estabelecem uma lista de regras que precisam ser seguidas para que o "bom comportamento" seja colocado em prática. Mas, eu te pergunto: a criança ou adolescente participou desse combinado ou esse combinado foi imposto?

O estabelecimento de limites é uma das necessidades emocionais primordiais para o ser humano. Quando ao longo da infância essa necessidade não é atendida, os indivíduos podem desenvolver comportamentos como: autocontrole e autodisciplina insuficientes, baixa tolerância à frustração, ou ainda enxergarem-se como superiores aos outros e às regras e terem dificuldades em se relacionar com grupos e outras pessoas. Para que os indivíduos se sintam seguros e desenvolvam habilidades sociais e de vida como respeito ao próximo, cooperação, resiliência e empatia, a necessidade de limites precisa ser atendida.

A Disciplina Positiva, propõe que os limites sejam estabelecidos juntamente com as crianças e adolescentes, de modo que todos os envolvidos no processo educativo participem da elaboração de regras, combinados e da tomada de decisões. Quando há participação e decisão coletiva problemas relacionados a comportamentos desafiadores são amenizados.

É possível estabelecer limites em conjunto por meio de algumas estratégias:

- Fazer perguntas curiosas para reflexão sobre as melhores soluções para problemas. (O que podemos fazer juntos para resolver isso? Como podemos agir para que todos sejam respeitados?)

- Oferecer opções de escolha limitadas (você prefere isso ou aquilo?)

- Realizar reuniões familiares e/ou de sala de aula para definir limites em conjunto.

Quando os limites são estabelecidos em conjunto as crianças e adolescentes se sentem aceitos, conectados e pertencentes e isso faz com que elas tenham um maior desejo em cooperar com o meio em que vivem.

 

Educar para florescer!