Contribuições da Neurociência aplicada à educação para a prática pedagógica

Neurociência

27 Janeiro, 2023

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Contribuições da Neurociência aplicada à educação para a prática pedagógica


João Rilton


Hoje em dia nós temos conhecimento sobre vários problemas que estão presentes na prática pedagógica: a falta de motivação por parte de professores e alunos, a indisciplina que reina nas salas de aula, a falta de estratégia e engajamento do aprendiz em relação às tarefas necessárias para o estudo e desenvolvimento acadêmico e alguns outros pontos que poderíamos citar se formos levar em consideração a história particular e as dificuldades enfrentadas por boa parte dos educadores do nosso país.

Uma das alternativas para sanar tais problemas é o estudo do cérebro humano e do sistema nervoso central, os chamados estudos neurocientíficos, ou estudos da Neurociência Aplicada à Educação, que quando focados nos aspectos fenomenológicos que envolvem o processo de aprendizagem, também são chamados de Neuroeducação. Quais são as contribuições dessa área de estudo para a educação de crianças, jovens e adultos?

A Neuroeducação vai estudar, como exemplo, as áreas cerebrais envolvidas no processo de aprendizagem, os fenômenos químicos que ocorrem durante um aprendizado eficiente, e como podemos desenvolver estratégias para que esses fenômenos possam se tornar corriqueiros dentro do ambiente escolar. É uma forma de mapear os recursos que mediam o cérebro e o aprender. Um exemplo disso é o estudo sobre a dopamina, uma substância química muito importante para que ocorra um aprendizado eficiente. Por meio da constatação feita por estudos neurocientíficos de que essa substância é muito eficiente no processo de se aprender, o Neuroeducador, aquele que estuda a Neurociência Aplicada à Educação, pode pensar em como desenvolver estratégias para que a liberação de dopamina esteja presente durante uma interação entre professor e aluno, em um processo de aprendizagem.

Para os educadores que se sentem motivados a começar a estudar essa área existem alguns caminhos que podem facilitar esse processo. Há a possibilidade de se começar por um curso básico, aprendendo como o cérebro humano funciona durante o aprendizado. Na plataforma IBFE online pode-se encontrar cursos de introdução ao assunto como é o caso dos cursos: Neurobiologia das Emoções em Sala de Aula, Neurociência da Aprendizagem, Funções Executivas: Habilidades para Ensinar e Aprender, O Cérebro que se Molda.

Para os educadores que se sentirem prontos para uma jornada profunda pelo mundo do cérebro e da aprendizagem eu aconselho a iniciarem um curso de pós-graduação em Neurociência Aplicada à Educação do IBFE. O curso de pós-graduação tem um vasto conteúdo que aborda desde o funcionamento cerebral até as mais inovadoras estratégias para se aplicar na sala de aula.