O sentido da Vida - Momentos de escolhas - por Fausto Ferreira

O sentido da vida

10 Maio, 2018

No início das civilizações, consumíamos o que colhíamos. Posteriormente, o que excedia ao consumo, poderia ser trocado por outros produtos. Posteriormente, com a revolução agrícola e a produção em escala, passamos a vender, inclusive para outros povos. Assim caminhamos até os dias de hoje. 

Pela vivência, experiência e proximidade com o mundo capitalista, seus problemas e possibilidades, sinto que não podemos perder a análise crítica. Não creio na mudança desse regime, mas em sua evolução.

Olhando para um passado recente, tínhamos bens que duravam bastante e o marketing das empresas era focado nisso. Eu tive uma máquina de lavar roupas que durou 18 anos. Hoje, se durar dois é muito, teremos que trocar rapidamente. Dessa forma entramos no ciclo de comprar, comprar e continuar comprando. 

Bom para as empresas, ruim para nós e haja dinheiro para isso.

Nesse mundo atual, claro, considerando toda evolução que passamos, a diversidade de produtos, modos de vida e alternativas, sempre teremos que fazer escolhas. É um mundo repleto de possibilidades. Assim, ao se fazer uma escolha, estarei deixando de considerar as outras alternativas. 

É nessa reponsabilidade pelas escolhas, que podemos ser nós mesmos. E, sendo nós mesmos, poderemos nos identificar com um determinado grupo ou nos diferenciar dele. 

Do ponto de vista do consumo, poderemos ou seremos guiados pelo efeito manada, com a ajuda da mídia. Se os outros fazem, consomem, se divertem, torcem por um time e vivem de uma determinada maneira, nós também o faremos.

Fazer diferente, nos singulariza, individualmente ou em grupo; por um lado seremos o que queremos e deveremos nos responsabilizar por isso. Por outro, seremos apenas iguais, dizendo amém, sendo servis, consumindo baboseiras culturais e produtos inúteis. 

Não estou dizendo, de forma alguma, que não devemos nos atualizar e a acompanhar a evolução das inovações. No campo da comunicação, não tínhamos nem telefone fixo e, hoje temos um móvel, no bolso, que é um computador. O mundo está conectado e recebemos as informações instantaneamente. Podemos viver até aos 80, 90 ou 100 anos. Aqueles que nasceram a partir de 2010, viverão até os 130 anos ou mais.

As novas gerações estão mudando os usos e costumes das gerações anteriores. Isso é uma escolha. 

Estão partindo do ter para o experimentar, alugar, dividir, compartilhar, coabitar, trabalhar em cowork, em qualquer situação.  

Essas escolhas determinam uma nova atitude frente à vida. 

Dessa forma, o sentido da vida está dentro de nossa capacidade de reflexão e ação, para construir uma nova forma de viver. Hoje o propósito é maior se chama compartilhamento.

Haverá uma grande transformação no mundo do consumo, cultural, laser, comunicação, saúde e das relações entre as pessoas, entre as pessoas e os robôs, baseados no desenvolvimento da inteligência artificial, supercomputadores, machine learnig e tantos outros projetos de inovação tecnológica. Hoje já sentimos diretamente algumas dessas transformações.

Disso ninguém irá escapar, a não ser que morra antes.

A singularidade de que falei anteriormente, ou seja, viver a vida com um sentido diferente, nos projeta e nos destaca dos demais. 

Uma escolha extremamente significativa é poder contribuir de maneira efetiva, criando soluções inteligentes e desenvolvendo uma análise crítica sobre o que nos cerca e sobre o mundo.