Inclusão na Prática - Materiais pedagógicos sensoriais: é tocando que se aprende a incluir!

Inclusão

20 Julho, 2017

Materiais pedagógicos sensoriais: é tocando que se aprende a incluir!

 

É sabido que a variedade de recursos pedagógicos permite melhores e mais amplos resultados de aprendizagem, visto que estimulam o desenvolvimento de diversas habilidades e mecanismos cerebrais. Esta afirmativa abarca crianças com e sem deficiência, bem como jovens, adultos e idosos. Mas, quando falamos do processo de aprendizagem de conteúdos escolares traçado por alunos com deficiência, os materiais táteis e concretos são aliados ainda mais fortes, porque permitem a interação e aquisição de conceitos para os que não podem ver, ouvir ou sentem dificuldades em abstrair. Seguem alguns exemplos e formas de abordagem:

Tapetes/ caixas sensoriais: são tapetes ou caixas de altura baixa, confeccionados com diversos tipos de materiais que possam ser colados em suas bases e pisados pelas crianças. Além da variedade de toque em materiais diferentes estimular mais sinapses cerebrais, é possível apresentar ao aluno surdo o estímulo visual e a conceituação dos materiais, assim como exemplificar nomenclaturas de forma concreta ao estudante com deficiência intelectual e permitir a percepção tátil de materiais ao aluno deficiente visual.

Fantoches: seguindo uma lógica semelhante do recurso acima, o fantoche é um excelente instrumento para motivar a interação e concentração das crianças em um determinado assunto apresentado para a turma. O apelo lúdico e a quantidade de informações passadas pelo tato do objeto, alteração de voz do personagem manipulado, movimentos utilizados e enredo no qual estiver inserido despertam a atenção e promovem um espaço de aprendizagem livre, reflexiva e divertida. Este é um importante recurso para atrair a atenção das crianças, simbolizar uma história para um aluno surdo ou ser tateado por um estudante cego, estimulando sua imaginação.

Tampinhas e objetos similares: objetos como tampinhas plásticas, palitos de sorvete, retalhos de pano e até artigos mais direcionados como material dourado podem ser utilizados para jogos, empilhamento e aprendizagem de operações matemáticas, reforçando os conceitos de maneira concreta, para facilitar o ensino direcionado a crianças com diversos tipos de deficiência.

Alfabeto tátil: há diversos tipos de alfabeto tátil. Alguns apenas conservam formatos de letras, confeccionadas em diversos materiais como EVA, madeira e plástico. Há outros com relevo, sinalização em Libras e Braille, além de imagens atreladas às letras, representando palavras que comecem com as mesmas. A variedade de materiais, imagens e possibilidades de uso estimulam a aprendizagem de diversos perfis de alunos, com e sem deficiência, juntos.

Estas são apenas algumas possibilidades de materiais táteis para uso em sala de aula. São recursos simples, práticos, econômicos e que tornam a prática escolar efetivamente inclusiva, unindo todos os estudantes na aprendizagem divertida. As sugestões são pequenas inspirações, que abrem portas para novas iniciativas e resultados encantadores na inclusão da pessoa com deficiência!