Desenvolvimento Humano - A Coragem de Mudar - por Jaqueline Alves

Desenvolvimento Humano

30 Janeiro, 2018

Gostaria de convidar os leitores a percorrerem comigo, o caminho que leva a algumas reflexões sobre a Mudança; vamos pensar a respeito?

Nos 48 anos de vida que tenho vivido em sociedade, pude observar que a maioria das pessoas sente um arrepio na espinha, um frio no estômago, quando ouvem a palavra Mudança, inclusive a que escreve este artigo.

Nos últimos anos este tema tem despertado meu interesse, pois vivi diariamente processos significativos de mudança e buscava perceber e entender o impacto que aqueles momentos geravam na minha vida, nos meus sentimentos, nos meus relacionamentos e nas minhas ações práticas diante da vida.

Comecei a notar que havia um certo padrão, um processo estabelecido, um caminho percorrido para alcançar as mudanças necessárias. Em alguns momentos a ação tinha como origem respostas instintivas e em outros respostas bastante racionais e pensadas.

O primeiro padrão, instintivo, normalmente se apresentava quando a situação era causada por pessoas com as quais eu mantinha um relacionamento impessoal, elas não me conheciam tão bem e nem eu a elas, mas havia um pré-julgamento muito claro e tangível que determinava a relação. Você pode se perguntar: Qual o problema com isso? Fazemos pré-julgamentos o tempo todo, sobre tudo e sobre todos.

O problema é que a falta de conhecimento do outro, falta de proximidade e de confiança fazia com que o pré-julgamento fosse combatido com resistência a mudança, intransigência, depreciação do outro, auto defesa e auto preservação.

Ninguém vive sozinho ou faz nada sozinho, precisamos de parceiros para as nossas realizações e este processo não era eficaz, construtivo ou garantia uma satisfação e felicidade pelas conquistas advindas dele, já que era incômodo e desconfortável.

O segundo padrão, racional, pensado, exigia um investimento de tempo maior, mais atenção, energia e cuidado com quem estava naquele caminho comigo. O respeito era imperioso e ocupava o lugar do pré-julgamento...Nossa como isso fazia diferença!

O que quero demonstrar com esta breve reflexão é que na minha perspectiva a Mudança não é o problema, mas sim como lidamos com ela, como conduzimos e estabelecemos condições que nos tragam felicidade, contentamento com as mudanças que invadem nossas vidas e nossos relacionamentos. 

É muito diferente enfrentar o inusitado quando você tem ao seu lado aliados, pessoas confiáveis ou estranhos dos quais você não sabe o que pode esperar. É claro que em muitos momentos teremos que enfrentar o inusitado ao lado de estranhos, não podemos ser inocentes e acreditarmos que isto é Utopia mais do que realidade. Porém podemos fazer algo para tornar o estranho menos estranho? Ou melhor queremos fazer algo para tornar o estranho menos estranho?

Queremos enxergar que ele faz parte da mudança junto com outros fatores e que talvez se cuidássemos melhor deste parceiro, a mudança se realizasse de forma mais tranquila, menos sofrida, somente pelo fato de que aquele parceiro está sendo um parceiro de fato?

E quanto a você qual é o seu processo de enfrentamento das Mudanças? Que tipo de parceiro você se apresenta para as pessoas que percorrem o caminho ao seu lado? Qual a qualidade de felicidade e satisfação que você tem conquistado com estas experiências?

Espero que estas reflexões possam ajudá-lo a se lançar para a Mudança com aquele friozinho no estômago sim, mas certamente com mais alegria e satisfação ao olhar o caminho que você percorreu.